Uma cartilha agroecológica sobre o tempo de semear e colher

A cartilha “Tempo de Plantar”, do doutorando Felipe de Castro Seixas, que também produziu um curta-metragem com o mesmo nome, reúne a experiência de uma narrativa poética com imagens que tratam da contribuição da agroecologia  – uma abordagem holística para a agricultura que busca integrar práticas ecológicas, sociais e econômicas para promover sistemas agrícolas sustentáveis e resilientes -, o que envolve o debate sobre a preservação da natureza e o conflito com as contradições do capitalismo, como foco na produção em escala com uso de insumos não ecológicos.

Em essência a agroecologia considera o sistema agrícola como um todo, incluindo interações entre plantas, animais, solo, água e comunidades humanas, valorizando em contrapartida a diversidade e a complexidade dos ecossistemas naturais. A cartilha, considerada reusultado do trabalho de doutorado do autor, um especialista em ciências biológicas, que optou por trabalhar o tema da agroecologia na sua dimensão social, econômica, política, ambiental e tecnológica, tendo como foco instrumentalizar a discussão do seu impacto na educação científica dos cidadãos, estimulando por outro lado o exercício da cidadania em sua plenitud

O projeto teve como fonte de inspiração o poema “Seu nome”, do poeta e contista Fabrício Corsaletti, ganhador do Prêmio Jabiti de Poesia em 2023 e tem na sua apresentaçãoo poema “Quero-te sempre verde”, da escritora e professora Tatiane Gonçalves Oliveira, fundadora da Palavra -borboleta, e idealizadora do projeto “Criança ama ler”, que disponibiliza e-books infanto juvenis de forma gratuita.

A cartilha trabalha com palavras chaves como civilização, natureza, integração, ecologia e cooperação para chegar por fim ao tema agroecologia, colocando no final seis questões norteadoras ao debate sobre o tema sempre tendo como base ao conflito entre a produção do agronegócio e a preservação ambiental, bem como identificando benefícios e malefícios para a comunidade, além de trabalhar o conceito e a relação com a preservação dos recursos naturais que são finitos. A obra termina propondo uma discussão sobre aspectos do equilíbrio economico e social para a comunidade, levando em, conta a natureza como parte fundamental da existência de cada um de nós.(Kleber Torres)

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